Página inicial > Frentes

 

 

Frentes são zonas de transição entre duas massas de ar com temperaturas e densidades diferentes. Elas estendem-se não só na horizontal mas também na vertical. Quando uma massa de ar se desloca, a sua parte dianteira passa a ser conhecida como frente.

 

Normalmente, o ar de uma massa de ar sopra em uma direção diferente do ar da massa de ar vizinha, o que faz com que o ar convirja (se encontre) ou se empilhe, formando a zona frontal. Como o ar tem que ir para algum lugar, acaba por subir e produzir nuvens e precipitação.

 

A superfície ou zona frontal pode ser caracterizada por uma ou mais propriedades descritas abaixo:


- Fortes gradientes de temperatura, umidade, vorticidade e movimento vertical na direção perpendicular à frente;


- Um mínimo relativo de pressão, isto é, uma "baixa";

 

- Um máximo relativo de vorticidade ao longo da frente;

 

- Uma zona de confluência (convergência) ao longo da frente;

 

- Forte cisalhamento vertical e horizontal ao longo da frente;


- Mudanças rápidas das propriedades das nuvens e da precipitação.

 

As frentes agem no sentido de diminuir o gradiente horizontal de temperatura, levando o ar polar para a região tropical e levando o ar tropical para a região polar. Elas causam variações na distribuição de precipitação e temperatura em quase todo o Brasil.

 

Um sistema frontal clássico é geralmente composto por uma frente fria, uma frente quente e centro de baixa pressão na superfície, representado pela letra "B", chamado ciclone. Abaixo, ilustração de um sistema frontal, para o hemisfério Sul. No hemisfério Norte, o sentido das setas é invertido.

Ilustração mostrando um sistema frontal, para o hemisfério sul.
Ilustração mostrando um sistema frontal, para o hemisfério sul.

 

Nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil, os ventos em baixos níveis têm direção de nordeste, influenciados pela presença de um centro de alta pressão que fica climatologicamente situado sobre o Oceano Atlântico. Em uma situação pré-frontal (pouco antes da chegada da frente), o vento gira tipicamente para noroeste e depois para sudoeste e sudeste, na medida em que a frente passa.

 

Algumas frentes atingem latitudes mais baixas, chegando na região amazônica, provocando o fenômeno conhecido como friagem.

 

O processo de formação ou intensificação de uma frente é denominado frontogênese, e o processo de dissipação ou enfraquecimento de uma frente é denominado frontólise.

 

Clique nos links abaixo para conhecer os vários tipos de frentes que ocorrem na atmosfera.

 

 

1. Frente fria

2. Frente quente

3. Frente oclusa

4. Frente estacionária

5. Outros tipos de frentes

 

 

--------------------------------------------------------------------------------------------------

 

 

 

Fontes:

 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Frente_(meteorologia)

 

http://glossary.ametsoc.org/wiki/Front

 

http://master.iag.usp.br/pr/ensino/sinotica/aula09/

 

 

BANNON, P. R. Effects of stratification on surface frontogenesis: warm and cold fronts. Journal of the atmospheric sciences, v. 41, n. 12, p. 2021-2026, 1984.

 

CAVALCANTI, I. F. A. Sistemas Frontais e Ciclones Extratropicais. CPTEC-INPE. IV Curso de Interpretação de Imagens e Análise Meteorológica, 1995.

 

CAVALCANTI, I. F. A.; ABREU, M. A.; SATYAMURTI, P. Climanálise especial - edição comemorativa de 10 Anos. INPE, 1996.
 

HOLTON, J. R. An introduction to dynamic meteorology. Academic Press, 1992.

 

HOSKINS, B. J.; BRETHERTON, F. P. Atmospheric frontogenesis models: Mathematical formulation and solution. Journal of the Atmospheric Sciences, v. 29, n. 1, p. 11-37, 1972.


KOUSKY, V. E.; ELIAS, M. Meteorologia Sinótica: Parte 1. INPE, 1982.

 

LUCAS, C.; MAY, P. T.; VINCENT, R. A. An algorithm for the detection of fronts in wind profiler data. Weather and forecasting, v. 16, n. 2, p. 234-247, 2001.

 

MARENGO, J. et al. Cold surges in tropical and extratropical South America: The strong event in June 1994. Monthly Weather Review, v. 125, n. 11, p. 2759-2786, 1997.
 
SATYAMURTY, P.; DE MATTOS, L. F. Climatological lower tropospheric frontogenesis in the midlatitudes due to horizontal deformation and divergence. Monthly Weather Review, v. 117, n. 6, p. 1355-1364, 1989.
 
STONE, P. H. Frontogenesis by horizontal wind deformation fields. Journal of the Atmospheric Sciences, v. 23, n. 5, p. 455-465, 1966.
 
WALLACE, J. M.; HOBBS, P. V. Atmospheric science: An introductory survey. Academic Press, 1977.

 

 

--------------------------------------------------------------------------------------------------



Reclamações? Dúvidas? Sugestões? Elogios? Envie sua mensagem preenchendo o formulário abaixo.

 

Please enter the code:

Note: Please fill out the fields marked with an asterisk.