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Furacão é um intenso ciclone tropical (centro de baixa pressão sobre águas tropicais, com convecção organizada e intensa circulação ciclônica na superfície) que produz ventos e chuva muito fortes. Quando um furacão alcança o continente, provoca chuvas torrenciais em um curto intervalo de tempo. Eles são denominados de furacões na América do Norte e na região do Caribe, de tufões no sudeste asiático e de willi-willi ou ciclone no Oceano Índico e na Austrália.  


A palavra “furacão” tem origem entre os maias. De acordo com a mitologia maia, "Huracán" era o deus responsável pelas tempestades. Os espanhóis absorveram a palavra, transformando-a no que ela é hoje.

Com frequência confunde-se tornado com furacão. Pode-se distingui-los pelo fato de o tornado ser um fenômeno local, enquanto o furacão pode ter até 1000 km de diâmetro. Além do mais, o tornado é acompanhado de ventos ainda mais violentos do que o furacão, mas ele só dura alguns minutos, enquanto um furacão pode durar semanas e percorrer milhares de quilômetros, além de só ser visto do espaço


Os furacões surgem numa zona de baixa pressão atmosférica, onde o ar mais leve tende a subir. Quando esse movimento ascendente acontece sobre um oceano tropical, a evaporação da água marinha faz com que as camadas mais baixas de atmosfera sejam ricas em vapor d'água. A enorme quantidade de vapor d’água assim formada é transportada às mais elevadas e frias camadas da atmosfera.


Ao alcançar as camadas superiores, o vapor se condensa dando origem à água. Durante o processo, uma parte do calor existente no vapor é liberada na atmosfera, reaquecendo o ar em sua volta, que retorna à parte superior. À medida que a diferença de temperatura entre as camadas superficiais e superiores da atmosfera aumenta, maior será a possibilidade do sistema se transformar em um furacão.

 

Para um furacão se formar, a temperatura da superfície do oceano deve estar acima de 26,5ºC, devem haver camadas relativamente úmidas perto da média troposfera (em torno de 5km de altitude) e uma distância mínima de pelo menos 500 km da linha do Equador.


Uma vez formado o furacão, ocorrem ventos horizontais na superfície, cada vez mais rápidos, provocados pelas massas de ar que se deslocam para ocupar o espaço deixado pelas massas de ar quente que sobem para as camadas superiores da atmosfera.


Quando o furacão toca o continente ou encontra águas mais frias ao norte no hemisfério norte ou ao sul no hemisfério sul, o calor e a umidade necessários para a sua manutenção tornam-se insuficientes, e começa o seu declínio. Além do mais, quando ele se desloca sobre o continente, perde rapidamente energia e velocidade em virtude de seu atrito com a superfície terrestre.

No interior dos furacões, os ventos variam de 118 km/h a mais de 300 km/h. Um furacão pode atingir 2000 quilômetros de diâmetro e pode deslocar-se por vários milhares de quilômetros. Alguns se deslocam à velocidades de 20 a 25 km/h, apesar da velocidade excessiva dos ventos que o fazem girar.

Um fato curioso e notável é que no olho do furacão o tempo é calmo. Nesta zona, que pode variar entre 8 e 200 km de extensão, a pressão é muito baixa, podendo ocorrer ventos de somente 30 km/h.

O maior perigo é quando um furacão atinge a costa, após ter percorrido uma grande extensão sobre o mar, produzindo a denominada maré de tempestade. Um montículo de água se forma sob o centro do furacão, onde a água se eleva por aspiração. Sobre o oceano, esse relevo ligeiramente visível vai crescendo à medida que se aproxima da costa. Ao tocar a costa, a água invade as terras, podendo destruir cidades inteiras.

Os furacões são classificados em três grupos principais: depressões tropicais (ou ciclones tropicais), tempestades tropicais, e furacões.  

Uma depressão tropical é um sistema organizado de temporais com uma circulação de superfície definida, sustentando ventos de menos de 62 km/h. Não tem nenhum olho, e não tem a forma espiral de tempestades tipicamente poderosas.  

Uma tempestade tropical é um sistema organizado de tempestades fortes com uma circulação de superfície definida, sustentando ventos entre 63 e 117 km/h. Neste momento, a forma ciclônica distintiva começa a desenvolver, entretanto o olho normalmente não é presente.

Acima de 118 km/h, a tempestade tropical transforma-se em furacão, e o olho é claramente visível.

Os furacões são categorizados em uma escala de 1 a 5, denominada Escala Saffir-Simpson, que considera a pressão medida no olho, a velocidade dos ventos e o volume das tempestades. Essa escala consegue medir o poder de destruição de um furacão.

Furacões do nível 1 têm ventos com velocidades entre 118 km/h e 153 km/h e causam pequeno prejuízo estrutural.

 

Furacões do nível 2 têm ventos entre 154 km/h e 176 km/h e causam danos em árvores e telhados.

 

Furacões do nível 3 têm ventos entre 177 km/h e 208 km/h, causando enchentes e estragos em casas.

 

Furacões do nível 4 têm ventos entre 209km/h e 246km/h e causam destruição de telhados e grande prejuízo estrutural em casas.

 

Os furacões mais devastadores são os do nível 5, que têm ventos acima de 247 km/h, causam enchentes graves e grande prejuízo estrutural em casas e prédios.

As áreas de maior incidência de furacões são: Oceano Pacífico Norte Ocidental e Oriental e Sul Ocidental, Oceano Índico Norte, Sudeste e Sudoeste e a Bacia do Atlântico Norte (região do Golfo do México).

Felizmente, o Brasil não é um país onde é comum a formação de furacões. A área do Atlântico Sul não é propícia para a formação destes ciclones tropicais. Porém, no final de março de 2004, houve a formação de um furacão (de nome Catarina) que atingiu a região sul do Brasil. Com ventos de 170 km/h, a tempestade atingiu áreas litorâneas dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A necessidade de diferenciar um furacão do outro fez com que os meteorologistas usassem o alfabeto fonético como sistema de nomenclatura. Assim, o primeiro furacão da temporada recebe um nome iniciado pela letra a, como Audrey, o próximo recebe um nome iniciado pela letra b, como Barbara, o terceiro um nome iniciado por c, como Charles, e assim por diante. A cada temporada os nomes são trocados para que os novos furacões não sejam confundidos com os anteriores.

Embora esta seja a forma mais usada para se dar nome a um furacão, também existem outros sistemas. Na Arábia Saudita, por exemplo, os furacões são nomeados pela sigla ARB (Mar Arábico, em inglês) seguida dos dois últimos dígitos do ano e de um número indicando a sequência, ou seja, se é o primeiro, o segundo, o terceiro furacão da temporada e assim por diante.

A Organização Meteorológica Mundial dá nomes aos furacões nascidos sobre o Oceano Atlântico Norte e nas Filipinas. Já os furacões nascidos em outras áreas como, por exemplo, nos mares da China ou no Oceano Índico, são nomeados por Centros Regionais de Ciclones Tropicais.

 

 

Diferença entre ciclone tropical e extratropical (de latitudes médias)

Um ciclone tropical é um sistema de baixa pressão que basicamente adquire energia da evaporação da água do mar na presença de ventos intensos e baixas pressões na superfície, tendo a condensação associada às células convectivas concentradas próximas ao seu centro.

Já um ciclone de latitudes médias (centros de baixa pressão associados com frentes frias, quentes ou oclusas) adquirem energia principalmente dos gradientes latitudinais de temperatura que existem na atmosfera.

Outra diferença é que um ciclone tropical apresenta ventos mais intensos próximos à superfície (consequência do núcleo quente* na baixa troposfera e do núcleo frio* na alta troposfera), enquanto que ciclones extratropicais apresentam ventos mais intensos próximos à estratosfera (consequência associada ao núcleo quente* na alta troposfera e ao núcleo frio* na baixa troposfera).

*"Núcleo" refere-se a porções ou bolsas de ar mais quentes (ou frias) do que o ambiente ao redor, com uma mesma pressão atmosférica.

 

 

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Fontes:

 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclone_tropical


http://en.wikipedia.org/wiki/Tropical_cyclone


http://www.suapesquisa.com/geografia/furacao.htm


http://ciencia.hsw.uol.com.br/furacoes.htm


http://ciencia.hsw.uol.com.br/furacoes1.htm


http://ciencia.hsw.uol.com.br/furacoes2.htm


http://ciencia.hsw.uol.com.br/furacoes3.htm

 

 

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