Granizo (pedra de gelo ou saraiva) é uma forma de precipitação que consiste na queda de pedaços irregulares de gelo, comumente chamados de pedras de granizo, provenientes de nuvens Cumulonimbus. Essas pedras são compostas por água no estado sólido e medem entre 0,5 e 5 centímetros de diâmetro em média, e podem pesar mais de 500 gramas, sendo as pedras maiores provenientes de tempestades mais severas.

Sua formação requer ambientes de forte movimento ascendente da tempestade e que boa parte da camada de nuvem tenha temperatura abaixo de 0°C. Estes tipos de fortes correntes de ar ascendente podem também indicar a presença de um tornado.

É mais frequente a formação do granizo ocorrer no interior dos continentes, nas latitudes médias da Terra, sendo menos comum nos trópicos, confinado a altitudes mais elevadas. Também é muito comum o granizo ao longo de cadeias de montanhas, porque as montanhas forçam os ventos para cima, intensificando as correntes de ar dentro das tempestades e tornando a ocorrência de granizo mais fácil.

O granizo é submetido a múltiplas descidas e subidas dentro de uma Cumulonimbus, caindo e descongelando em uma zona mais quente e recongelando quando é elevado, até que ele fica tão pesado que não se sustenta mais no ar, caindo até o solo.

O granizo geralmente cai em maior velocidade à medida que cresce de tamanho, embora certos fatores, como o atrito com o ar, o vento e interação com a chuva e outras pedras possam retardar sua descida pela atmosfera.

 

Avisos de tempo severo são emitidos quando as pedras atingem um tamanho prejudicial, em torno de 2,5 cm, pois elas podem causar sérios danos, principalmente para automóveis, aeronaves, telhados, pecuária e agricultura. Danos causados em telhados às vezes passam despercebidos, até que ocorram rachaduras ou vazamentos.

As pedras de granizo se apresentam em camadas e podem ser irregulares e aglutinadas, pois como ele passa por um crescimento úmido, a camada externa torna-se pegajosa, ou mais adesiva, de modo que a pedra pode crescer pela colisão com outras pedras menores, formando uma ainda maior, com uma forma irregular.

São compostas de gelo transparente ou de camadas alternadas de gelo transparente e opaco, com pelo menos 1 mm de espessura cada, que são depositadas uma sob a outra, uma vez que a pedra, suspensa pelo ar, percorre a nuvem com forte movimento até que o seu peso supere o movimento vertical do ar e caia no chão. Embora o diâmetro de granizo seja variado, em países como os Estados Unidos a observação média do tamanho de uma pedra é de 2,5 cm, mesmo tamanho de uma bola de golfe.

Tempestades severas podem apresentar uma coloração verde, que pode ou não ser associada a granizo.

Os radares meteorológicos são ferramentas muito úteis para detectar a presença de tempestades de granizo. No entanto, dados de radares têm que ser complementados por um conhecimento das atuais condições atmosféricas do lugar para que seja possível determinar se aquele ambiente é propício ao desenvolvimento de pedras de gelo.

Zonas estreitas onde o granizo se acumula no chão em associação com a atividade de temporais são conhecidas como raias de granizo ou fileiras de granizo, que podem ser detectadas através de satélite, após a passagem das tempestades. Chuvas de granizo normalmente duram desde alguns segundos a até 50 minutos.

 

As pedras podem chegar a formar uma camada sobre o chão com cerca de 5 cm, podendo, a partir do peso do acúmulo, derrubar telhados e árvores. Enchentes repentinas e deslizamentos de terras em áreas de terrenos íngremes também podem ser um problema causado pelo acúmulo de gelo.

Em ocasiões mais raras, um temporal acompanhado de granizo pode se estacionar sobre determinada região, provocando grandes acúmulos de gelo; isto tende a acontecer em áreas montanhosas. Já houve registro de camadas de até 1 metro, no Colorado, Estados Unidos, em julho de 2010.

 

Em 23 de julho de 2010, uma forte tempestade atingiu a cidade americana de Vivian, na Dakota do Sul - uma pacata comunidade rural com menos de 200 habitantes. Quando a tempestade passou, o morador Les Scott aventurou-se para fora de casa para ver se havia algum dano como resultado da tempestade. Ele ficou surpreso ao ver um enorme número de grandes pedras de granizo no chão, incluindo uma do tamanho de uma bola de vôlei. Scott recolheu aquela pedra, junto com algumas outras menores, e as colocou em seu freezer.

Enquanto isso, outros moradores da pequena comunidade saíram para verificar os danos da tempestade e não demorou muito para a cidade descobrir que Scott havia descoberto um enorme granizo em sua propriedade.

Pouco tempo depois da tempestade, o escritório de previsão do tempo da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica) em Aberdeen, também na Dakota do Sul, recebeu a informação do enorme granizo que caiu em Vivian e de que um provável tornado tinha feito algum dano ao sul da cidade de Reliance. Depois de receber essa informação, David Hintz, meteorologista da coordenação de aviso do escritório da NOAA, contactou Steve Manger, do serviço de emergência, para enviar uma equipe ao local verificar possíveis danos.

No dia seguinte, Steve reuniu-se com Hintz e decidiu primeiro inspecionar a queda de granizo em Vivian. Na cidade, ouviram sobre o granizo gigante que Scott colheu. Depois de uma rápida visita à casa de Scott para medir a circunferência e o diâmetro da pedra, e enviar imagens de volta para o escritório, tornou-se evidente que esta era uma possível quebra de recorde.

"Mr. Scott me disse que a área estava cheia de grandes pedras de granizo e o que ele colheu era ainda maior quando ele achou", lembra Hintz. "Ele imediatamente guardou este e outros pedaços em seu freezer, mas uma queda de energia de seis horas causou um pequeno derretimento."

Mesmo após o derretimento, a pedra ainda media 20,32 centímetros, pesava 880 gramas e tinha uma circunferência de 47,3 centímetros, e foi considerada a maior pedra de granizo do mundo.

 

 

Se você for pego em uma chuva de granizo, atenção:

Dentro de um edifício: fique longe de janelas e da varanda. Granizo soprado pelo vento pode quebrar janelas. Não se aventure fora de casa para olhar o granizo. Mesmo depois que ele acaba, outros perigos, como raios e ventos fortes, ainda podem ser uma ameaça.

Dirigindo um carro: encoste em um estacionamento ou posto de gasolina. Se você for pego em uma estrada principal, puxe mais para o acostamento da estrada e utilize os piscas de alerta. Não pare no meio da pista sob um viaduto. Isto pode levar a um acidente. Dirigir através do granizo só vai aumentar a quantidade de danos causados ao seu veículo.

 

Use cobertores ou casacos para cobrir-se, no caso de o para-brisa quebrar e o granizo entrar no veículo. Se você estiver em um caminhão, ônibus, van ou SUV, mova-se para o meio do veículo para fugir de possíveis estilhaços de vidro. Fique longe de telhados de amianto ("Brasilit"), pois estes podem se quebrar e danificar o veículo.

Na rua: entre em um edifício (de preferência) ou em um carro. Se não houver prédio ou carro para se abrigar, use o que está à sua disposição para proteger-se do granizo caindo. Se nada estiver ao alcance para sua proteção, proteja sua cabeça das lesões do granizo. Até mesmo itens de uso diário, como um capacete ou peças soltas de chapa metálica ou de madeira compensada, podem ser usados para sua proteção.

 

Barracas, tendas, abrigos de lona e toldos fornecem pouca proteção, pois o granizo os perfuram com facilidade. Mesmo pequenas pedras de granizo podem causar ferimentos no corpo humano.

 

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Fontes:

 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Granizo

 

http://revistaescola.abril.com.br/geografia/fundamentos/como-se-forma-chuva-granizo-503380.shtml

 

http://formacaodegranizo.zip.net/

 

http://en.wikipedia.org/wiki/Hail

 

http://www.noaa.gov/features/02_monitoring/hailstone.html

 

http://www.crh.noaa.gov/dmx/?n=preparesvrsafety

 

 

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