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Cumulonimbus são as mais perigosas nuvens da Terra. Suas dimensões horizontais e verticais são tão grandes que sua forma característica só pode ser vista claramente à longa distância (por isso o fato de serem vistas a até 400 km de distância, dependendo das condições do tempo). Elas produzem neve, chuva, granizo, raios, e até tornados. São bastante convectivas (ou seja, crescem muito verticalmente), e crescem em média até 12 km de altitude, mas podem chegar a mais de 20 km, e às vezes atingindo a estratosfera (chegando a 23 km em casos extremos).

 

No seu estágio maduro, o topo é constituído de cristais de gelo, enquanto a base é constituída de gotículas d'água. Quando o topo, chamado de bigorna ou anvil, para de se desenvolver, se separa do núcleo da Cumulonimbus, e expande-se até dissipar-se completamente, o que pode levar horas.

 

A forma lisa da bigorna das Cumulonimbus é causada pelos ventos em linha reta em altitudes mais elevadas, que cortam o topo da nuvem, e também por uma inversão sobre a tempestade, causada pelo aumento da temperatura acima da troposfera. A essa bigorna, "solta" ou ainda conectada na nuvem, se dá o nome de "Cirrus spissatus cumulonimbogenitus" (Cirrus = tipo de nuvem; spissatus = espessa, densa; genitus = originado de; cumulonimbo = a nuvem Cumulonimbus), ou seja, Cirrus geradas por uma Cumulonimbus.

 

Caso queira saber detalhadamente como as Cumulonimbus se formam, veja "Formação das Cumulonimbus".

 

A maioria das células de Cumulonimbus morre depois de aproximadamente 20 minutos, quando a precipitação faz com que as correntes ascendentes que alimentam a tempestade cessem, fazendo com que a energia se dissipe. No entanto, se houver bastante energia solar na atmosfera (em um dia quente de verão, por exemplo), uma célula de tempestade pode evaporar-se rapidamente, resultando em uma nova célula, que se forma a poucos quilômetros da antiga. Isso pode causar temporais por várias horas.

As Cumulonimbus podem ocorrer a qualquer hora do dia ou da noite e ao longo de todo o ano. A cada momento, aproximadamente 1800 Cumulonimbus estão em desenvolvimento em torno do planeta.

 

 

Subtipos:

Calvus: é o primeiro estágio da Cumulonimbus, que é capaz de produzir precipitação, mais ainda não chega a uma altura a ponto de produzir bigornas. Desenvolvem-se a partir de Cumulus congestus e são constituídas principalmente por gotículas de água. Neste estágio, existem apenas correntes ascendentes de ar (ou seja, ar quente).

 

Esse tipo de Cumulonimbus apresenta contornos bem definidos, e forma arredondada, como um couve-flor. Um dos indicadores da evolução de Cumulus congestus para Cumulonimbus calvus são as pileus. Quando as gotículas do topo começam a se transformar em gelo, a nuvem está em estado de transição para o tipo capillatus. Abaixo, fotos de Cumulonimbus calvus. Clique para ampliar.

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Capillatus: é o estado maduro de uma Cumulonimbus, onde ocorrem a maioria dos raios, chuvas pesadas, granizo, e tornados. Nesta fase surge a bigorna, uma expansão horizontal que ocorre quando o topo da Cumulonimbus atingiu o limite de altitude que é capaz de alcançar. É nesta fase também que há correntes ascendentes e descendentes de ar ao mesmo tempo.

 

Em casos raros, a corrente ascendente associada à nuvem é tão poderosa que perfura através da troposfera e leva um pedaço de nuvem para os níveis inferiores da estratosfera, antes de perder força e cair para trás. Isso produz uma saliência na bigorna já plana da Cumulonimbus - um bom indicador de uma tempestade particularmente forte. Quando as mammatus aparecem, indicam que a Cumulonimbus está em estado de transição para o tipo incus. Abaixo, fotos de Cumulonimbus capillatus. Clique para ampliar.

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Incus: é quando a Cumulonimbus ainda está no seu estágio maduro, mas começa a dissipar. Uma Cumulonimbus pode ser somente incus (ou seja, todo o movimento de ar ascendente cessou), ou pode ser capillatus incus (o movimento cessou parcialmente ou está cessando), e é quando surgem as mammatus.

 

É no fim desta fase que, quando a alimentação da nuvem cessa completamente, o seu núcleo dissipa e a bigorna expande-se até dissipar-se completamente. Incus em latim significa bigorna, justamente a parte que sobra quando a Cumulonimbus dissipa. Abaixo, fotos de Cumulonimbus incus. Clique para ampliar.

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Virga: é quando as gotículas de água não conseguem mais se sustentar e caem em forma de vírgula, evaporando antes de atingir o solo. Abaixo, fotos de Cumulonimbus virga. Clique para ampliar.

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 Velum: ver Nuvens anexas

 

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Praecipitatio: é quando a precipitação que as Cumulonimbus produzem atinge a superfície terrestre. Abaixo, fotos de Cumulonimbus praecipitatio. Clique para ampliar.

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Fontes:

 

http://www.master.iag.usp.br/ensino/Sinotica/AULA05/AULA05.HTML

 

http://www.fisica.ufc.br/lfnm/html/nuvens.html

 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cumulonimbus

 

http://en.wikipedia.org/wiki/Cumulonimbus_calvus

 

http://en.wikipedia.org/wiki/Cumulonimbus_incus

 

 

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